Resumo |
Joaquim da Cruz e Silva fala do seu percurso académico, tendo-se licenciado em 1957 na Faculdade de Medicina Veterinária e efectuado, posteriormente, um estágio em parasitologia no Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, onde ingressou mais tarde. Seguiu a carreira académica, tendo sido convidado para Assistente e, mais tarde, feito o Doutoramento. Em 1964 foi para a Junta de Investigações do Ultramar, a convite do Director do Centro de Zoologia, para ocupar o lugar vago de parasitologista, ficando responsável pelas colecções parasitológicas. Refere o trabalho de campo em África, que realizou quer no âmbito da elaboração da sua tese de doutoramento sobre os Helmintas em Moçambique, quer noutras ocasiões em que foi solicitado o apoio do Centro de Zoologia, nomeadamente em Cabo Verde, para o estudo de bovinos parasitados com Fasciola gigantica. Em 1969, estagiou no Laboratório de Vers do Museu de História Natural de Paris, onde contactou com vários especialistas em Helmintologia. No período pós-25 de Abril, refere as circunstâncias que o levaram a exercer cargos políticos no Ministério da Educação, nomeadamente como Secretário de Estado do Ensino Superior. Da sua acção, destaca o contributo para a elaboração do Estatuto da Carreira de Docente Universitário, bem como para o Estatuto de Gestão das Universidades, modelo que perdurou mais de 30 anos. Como Presidente do IICT, refere que a sua preocupação inicial foi a de relançar a cooperação, tendo feito parte de várias Comissões Mistas do Ministério dos Negócios Estrangeiros, encarregues de negociarem os programas de aplicação dos acordos de cooperação cultural, científica e técnica. Nesta entrevista, Joaquim Cruz e Silva faz ainda o balanço sobre as potencialidades das colecções e da investigação científica realizada pelo IICT e pela antiga JIU, nomeadamente para os países africanos de língua oficial portuguesa.
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