Título |
Depoimento de Aníbal Jardim Bettencourt
|
Entrevistado |
Aníbal Jardim Bettencourt
|
Biografia Resumida |
Nasceu em Moçambique, em 1924. Engenheiro agrónomo e doutor em Agronomia pelo Instituto Superior de Agronomia, de Lisboa. De 1949 a 1959, trabalhou na Direcção de Agricultura e Florestas de Moçambique, tendo sido chefe da respectiva Repartição de Agricultura e Florestas, entre 1951 e 1959, e por acumulação, delegado da Junta de Exportação do Café, em Moçambique. Em 1960 fez um estágio no Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC) da Junta de Investigações do Ultramar. Terminado o estágio, passou a trabalhar neste Centro, em comissão de serviço, como funcionário do Instituto do Café de Angola. Em 1975 passou a integrar o quadro de pessoal da Junta de Investigações Científicas do Ultramar. Investigador principal do CIFC-IICT desde 1983, aposentou-se como investigador coordenador em 1992. A sua actividade científica incidiu na especialização fisiológica da ferrugem do cafeeiro Hemileia vastatrix e selecção de clones diferenciadores das raças do fungo; na pesquisa de novas fontes de resistência em Coffea spp, Grupos fisiológicos; no estudo do mecanismo hereditário da resistência à H. vastatrix em Coffea spp; no melhoramento genético do C. arabica - Transferência de genes de resistência para as principais variedades comerciais de Arábica. Entre 1965 e 1985, realizou missões e assistência "in loco" aos programas de melhoramento genético do cafeeiro nos seguintes países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Colombia, Venezuela e do PROMECAFÉ- Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, México, Panamá e República Dominicana.
|
Resumo |
"Nesta entrevista, Aníbal Jardim Bettencourt fala da sua experiência de 12 anos de trabalho na Junta de Exportação de Café em Moçambique, onde foram instaladas estações experimentais e desenvolvida a cultura do café, nomeadamente das espécies recemosa e arábica. Descreve o seu estado de depressão após a notícia que iriam terminar as experiências na cultura de café em Moçambique. Posteriormente, conta como conheceu o Prof. Branquinho d’Oliveira e como se deu a sua entrada no Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC). Nos primeiros tempos, Aníbal Jardim Bettencourt dedica-se à caracterização de raças e de grupos fisiológicos, manutenção das culturas, estabelecendo a identificação de novas raças, tendo posteriormente se dedicado a projectos de análise genética. Neste âmbito, trabalha com o Dr. Alcides Carvalho no Brasil, na Universidade de Campinas e na Universidade de Vila Viçosa, onde aprendeu e desenvolveu técnicas de melhoramento genético do café. Nesta entrevista, descreve o trabalho e as estruturas do CIFC, bem como a sua gestão e financiamento, assegurado pela Junta de Investigações do Ultramar e pelo Instituto do Café de Angola. Refere as ligações do Centro ao Instituto do Café de Angola, às universidades do Brasil e mais tarde à Costa Rica, sobretudo para envio e testagem de material. Em relação à Costa Rica, fala da colaboração com a Promecafé, um programa cooperativo entre países da América central, através do qual se montou a Unidade Central de Melhoramento (OCM) em Turrialba. Por último, descreve o processo de produção dos híbridos Sarchimor e Catimor, resultante de experiências feitas com o híbrido de Timor e mutações das plantas Villa Sarchi e Caturra, respectivamente."
|
Local |
Lisboa
|
Data |
2010-02-28
|
Língua |
Português
|
Palavras-chave / Keywords |
|
Tipo de recurso |
moving image
|
Suporte |
Mini-dv
|
Entrevistador |
Cláudia Castelo
|
Registo e Edição |
Rogério Abreu
|
Copyright |
IICT
|
Proveniência |
Projecto «Património científico: colecções e memórias»
|
Instituição Detentora |
IICT
|
|
|
Preview (click the image for a larger version)
|
|
|