IICT  

Fotografia

As fotografias apresentadas pertencem, na sua maioria, ao espólio fotográfico do Instituto de Investigação Científica Tropical, disponibilizadas através de diferentes colecções. Têm diversas proveniências e temáticas, abarcando um período entre 1860 e 1974. Saber mais

Resultados ( 29 encontrados )

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Agência Geral do Ultramar

Âmbito e Conteúdo: Imagens das antigas colónias portuguesas: Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé, Guiné, Timor e Macau. Documentam acontecimentos políticos (Viagem Presidencial de Américo Tomás a Cabo Verde e Guiné Bissau em Fevereiro de 1968; visitas ministeriais, condecorações e inaugurações), actividades agrícolas; piscatórias, industriais; desporto (atletismo, voleibol, futebol), arquitectura e infra-estruturas (fortalezas, edifícios públicos, bairros, mercados, aeroportos, fábricas, escolas, caminhos-de-ferro, pontes, hospitais); urbanização; eventos sociais e culturais (inaugurações, exposições, concursos). Produzidas nos Centros de Informação e Turismo da Agência Geral do Ultramar, entre as décadas de 60 a 70 do séc. XX, sem autoria conhecida.

Proveniência: Fundo Agência Geral do Ultramar

Dimensão e suporte: 4228 diapositivos cromogéneos (formatos 35mm, 120mm, 9x12cm); 4634 provas em papel de revelação de gelatina e prata (formatos 6x6cm; 9x12cm; 13x18cm; 18x24cm; 20x25cm; 25x30cm; 30x40cm; 40x50cm), 84 provas cromogéneas (formatos 9x12cm; 18x24cm; 20x25cm; 24x30cm), 8008 negativos de cópia em acetato de celulose formato 9x12cm, 151 negativos em acetato de celulose formato 35mm e 120mm, 215 negativos (de cópia) em vidro de gelatina e prata e ca. de 600 fotografias em 10 Álbuns fotográficos

História custodial: Documentação fotográfica transferida do Palácio da Cova da Moura para o Arquivo Histórico Ultramarino a 31 de Maio de 1984, por despacho da Direcção-Geral da Reforma Administrativa de 29 de Abril de 1983.

Datas: Séc. XX

 
Arquivo Histórico Ultramarino

Proveniência: Arquivo Histórico Ultramarino

 
Centro de Antropobiologia

Proveniência: IICT/Centro de Antropobiologia

 
Centro de Documentação e Informação

Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias reunidas pelo CDI, sem relação entre si, e com diferentes proveniências, algumas desconhecidas. Reunidas em álbuns, provas avulsas e alguns negativos. Temas: imagens variadas de Rodésia do Sul; Kenya, Egipto, Uganda, Kilimanjaro, Tanganica e Timor; Sociedades Agrícolas; Visitas presidenciais; Obras Publicas.

Proveniência: IICT/Centro de Documentação e Informação

Dimensão e suporte: Álbuns fotográficos; negativos em película e vidro, provas avulsas.

História custodial: Este conjunto de fotografias encontrava-se armazenado nas instalações do Centro de Documentação e Informação/IICT. Foi transferido para as instalações do AHU em 2010.
Presume-se que hajam diferentes proveniências destas fotografias e até ao momento são desconhecidas.

 
Centro de Estudos de Fitossanidade e Armazenamento

Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias realizadas no âmbito das atividades do CEFA: imagens das actividades do CEFA, quer em laboratorio quer durante as missões.

Proveniência: IICT/Centro de Estudos de Fitossanidade e Armazenameto

 
Centro de Estudos Históricos Ultramarinos

Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias reunidas pelo CEHU: Conjunto de álbuns com temáticas e proveniências diversas relacionadas com visitas ministeriais e presidenciais e assuntos de economia e arquitetura. Ex: Colonato de Cela; construção de ponte em Angola; problemas de utilização do solo em Moçambique; distribuição de água potável em Luanda, etc.

Proveniência: IICT/Centro de Estudos Históricos Ultramarinos

Dimensão e suporte: 1462 provas fotográficas em papel de revelação p/b e fotomecânicas, de diversos formatos, distribuídas por 19 álbuns

História custodial: O Centro de Estudos Históricos Ultramarinos (CEHU) foi criado através do Decreto-lei nº. 40 070 de 24 de Fevereiro de 1955 pelo Ministro do Ultramar, funcionando em colaboração com a Filmoteca Ultramarina Portuguesa, estando ambas sediadas no Palácio Burnay. Das actividades exercidas pelo CEHU destacam-se entre outras a coordenação e promoção de investigações históricas relativas à acção dos portugueses nos territórios ultramarinos, a recolha, conservação e divulgação de fontes históricas que pudessem apoiar estas investigações e a sua actividade editorial. Em 1973, por força do Decreto-Lei nº 583 de 6 de Novembro, são integradas no CEHU as actividades do então extinto Centro de Estudos Missionários. Neste mesmo decreto-lei, é determinada a integração do CEHU e da Filmoteca Ultramarina Portuguesa na Junta de Investigações Cientificas do Ultramar, hoje Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT). Os 19 álbuns fotográficos foram transferidos em 2010 das antigas instalações do ex-CEHU, no Palácio Burnay, para o AHU.

Datas: Entre 1938 e 1954

 
Centro de Geologia

Âmbito e Conteúdo: Reportagens fotográficas de trabalhos de campo efetuados por Luis Celestino de Sousa e Silva durante as missões geológicas em Cabo Verde, nomeadamente nas ilhas de Santo Antão, Santiago, Sal, Fogo, Boavista, São Vicente e São Nicolau entre 1970-1998, ao longo da sua vida profissional no antigo LEPPU, posteriormente Centro de Geologia do IICT.
Deste trabalho foram produzidas as Cartas Geologicas de Cabo Verde e algumas publicações dos trabalhos no Garcia de Orta.

Proveniência: IICT/Centro de Geologia do Instituto de Investigação Científica Tropical, criado em 1983 e sucessor do Laboratório de Estudos Petrológicos e Paleontológicos do Ultramar (LEPPU).

Dimensão e suporte: Seleção, efetuada por Celestino Silva, de 345 diapositivos cromogéneos 35mm, encaixilhados, de um total de 876.

História custodial: Na sequência da extinção do Centro de Geologia em 2003 (Decreto-Lei n.º 297/2003, de 21 de Novembro), a documentação fotográfica agora disponibilizada transitou em 2006 para o LNEG, juntamente com a coleção de amostras geológicas. Atualmente mantém-se sob custódia do IICT, mas em depósito no LNEG, de acordo com as condições estabelecidas no protocolo entre as duas instituições de 8 de Agosto de 2014.

 
Centro de Pré-História e Arqueologia

Âmbito e Conteúdo: Atividades e missões da secção de Pré-História e Arqueologia (1954-1983) e posterior CPHA (1983-2004) e do CEA (1962-2004), nomeadamente nas campanhas integradas na MAA (1948-1955) e na Missão de Estudos Arqueológicos ao Sudoeste de Angola (MEASA) (1966-1967); Brigada de Estudos de Pré-História e Arqueologia do Vale do Zambeze (BEPAVZ) (campanhas Vale do Zambeze, Forte D. Afonso (1971-1972), Recinto muralhado do Songo (1972), 2.ª campanha Fortes Velhos I e II (1972), Forte de Cachomba, Província de Tete). Inclui ainda fotografias das pinturas rupestres na Namíbia (Serra de Leba; Brandberg, Tchitundulo. Filho do Tchitundulo. S. João do Sul) e artefactos arqueológicos fotografados em estúdio.

Proveniência: IICT/Centro de Pré-História e Antropologia

Dimensão e suporte: ca. 3 500 espécies fotográficas inventariadas até ao momento

História custodial: Fotografias produzidas no âmbito das campanhas arqueologicas do Centro. Foram arquivadas no CPHA até serem transferidas para o AHU no âmbito do projeto de tratamento de coleções de fotografia.

 
Centro de Zoologia

Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias realizadas no âmbito das Missões Zoológicas a Guiné (1945/46) e Moçambique (1948, 1956)

Proveniência: IICT/Centro de Zoologia

 
Colecção de postais ilustrados e bilhetes postal

Âmbito e Conteúdo: Colecção de postais ilustrados e bilhetes postal de Angola, Açores, Madeira, Timor, Moçambique, Guiné, São Tomé e Príncipe, Macau, Cabo Verde, Índia, Marrocos, África do Sul, Quénia, Indonésia, e outros assuntos vários.

Proveniência: Arquivo Histórico Ultramarino

Dimensão e suporte: 1478 items, entre postais ilustrados e bilhetes postal. Dimensões: 9x14cm e 10,5x15cm.

História custodial: Colecção de postais que foram sendo reunidos pelo AHU. A maioria foi adquirida à livraria Histórica Ultramarina.

 
Elmano Cunha e Costa

Âmbito e Conteúdo: Levantamento de grupos étnicos em Angola entre 1935 e1939, por Elmano Cunha e Costa. Inclui ainda, fotografias por ele realizadas, de objetos etnográficos expostos num pavilhão da Exposição-Feira de Angola, em Luanda, em 1938 e uma visita do Ministro das Colónias, Francisco José Vieira Machado, à Guiné em Dezembro de 1941.

Proveniência: Fundo Agência Geral do Ultramar

Dimensão e suporte: 8718 negativos de película em nitrato de celulose, formato 6x6cm.

História custodial: Esta documentação fotográfica foi transferida do Palácio da Cova da Moura para o Arquivo Histórico Ultramarino a 31 de Maio de 1984, por despacho da Direcção-Geral da Reforma Administrativa de 29 de Abril de 1983.

Datas: 1935-1939

 
Emile Marini

Âmbito e Conteúdo: Reportagem de Emile Marini, em 1957, sobre vários aspectos sociais, arquitectónicos, culturais e paisagísticos de Goa. Este trabalho deu origem ao livro "Goa através da minha objectiva", edição de autor, Lisboa, 1959.

Proveniência: Fundo Agência Geral do Ultramar

Dimensão e suporte: 1452 diapositivos cromogéneos 35mm.

História custodial: Documentação fotográfica transferida do Palácio da Cova da Moura para o Arquivo Histórico Ultramarino a 31 de Maio de 1984, por despacho da Direcção-Geral da Reforma Administrativa de 29 de Abril de 1983.

Datas: 1957

 
Estabelecimentos de Ensino - Direcção Geral da Educação

Âmbito e Conteúdo: Conjunto de imagens de estabelecimentos de ensino em Cabo Verde, São Tomé, Angola, Moçambique e Macau da segunda metade do séc. XX.
Imagens provenientes do Ministério do Ultramar - Direcção-Geral da Educação. Em tratamento.

Proveniência: Fundo Ministério do Ultramar - Direcção Geral da Educação

Dimensão e suporte: Cerca de 550 provas em papel de revelação de gelatina e prata de diversos formatos (30x40cm, 20x25cm, 18x24cm, 9x12cm, 10x15cm, 13x18cm) + 17 negativos p/b 35mm

 
Fotografia da Pedologia
1229 fotografias
 
Jardim Botânico Tropical

Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias realizadas no âmbito das actividades do Jardim e Museu Agrícola do Ultramar, actual Jardim Botânico Tropical, e respetivas Missões de Estudos Florestais.

Proveniência: IICT/JMAC/JMAU/JMAT/JBT

Dimensão e suporte: Inventariadas 13188 fotografias (negativos, diapositivos, provas, álbuns fotográficos)

História custodial: Um decreto régio de 25 de Janeiro de 1906 criou o Museu Agrícola Colonial (MAC) e o Jardim Colonial (JC), que nos primeiros anos esteve instalado nas estufas do Conde de Farrôbo. Em 1912 o JC foi transferido para a Cerca do Palácio de Belém. em 1915: o MAC passa da tutela do Ministério da Instrução Pública para a do Ministério das Colónias. Em 1920 publicou-se o Regulamento do Museu Agrícola Colonial e em 1929, deu-se a inauguração do Museu Agrícola Colonial (MAC) no Palácio dos Condes da Calheta. Em 1944 o Jardim Colonial e o Museu Agrícola Colonial passam a constituir um único organismo – Jardim e Museu Agrícola Colonial (JMAC). Em 1951 passa a designar-se Jardim e Museu Agrícola do Ultramar (JMAU). Em 1973 O Decreto n.º 583/73 integra o JMAU na Junta de Investigações do Ultramar, antecessora do actual Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT). Em 1983 mudou novamente de nome e passou a chamar-se Jardim-Museu Agrícola Tropical (JMAT). Actualmente designa-se Jardim Botânico Tropical (JBT).

O Museu Agrícola Colonial (MAC) foi inaugurado no Palácio dos Condes da Calheta em 1929, o MAC destinava-se a divulgar os produtos agrícolas e florestais das colónias portuguesas, as suas potencialidades económicas e os seus usos sociais e culturais. Paralelamente devia apoiar o ensino da agronomia e da silvicultura coloniais. Ao longo da sua existência, as suas coleções foram reforçadas com novos produtos enviados pelos governos coloniais e foram mostradas em exposições nacionais e estrangeiras, nomeadamente de âmbito colonial.
Inicialmente organizado segundo o critério geográfico da proveniência dos produtos, configurado a cada uma das colónias portuguesas, passou em 1961 a organizar-se em função dos produtos expostos: cereais, amidos, forraginosas, frutos, legumes, oleaginosas, plantas medicinais, taninosas, tintoriais, condimentos, tabaco, resinas, borrachas, cera, madeiras, café, cacau, chá, açúcar, fibras vegetais. Além destes produtos e de alguns exemplares de fauna, o Museu expunha também utensílios domésticos, alfaias agrícolas e artesanato, atualmente reunidos nesta Reserva, e que traduziam formas de utilização dos recursos naturais das colónias.
Com uma missão e uma linguagem expositiva muito datadas, coleções de valor desigual e colocando onerosos problemas de conservação, sem pessoal especializado e meios financeiros, o então Museu Agrícola Tropical não conseguiu adaptar-se ao contexto pós-colonial, tendo sido, no início da década de 1990, definitivamente desativado.

A coleção de fotografias do JBT integra todas estas fases, mantendo-se as diferentes cotas que reflectem as várias épocas.

 
João Crawford Cabral

Âmbito e Conteúdo: Fotografias do espólio pessoal de João Crawford Cabral, zoólogo do Instituto de Investigação Cientifica de Angola (IICA).

Proveniência: Acervo Pessoal de João Crawford Cabral

Dimensão e suporte: 150 provas em papel de revelação em gelatina e prata e cromogéneas, décadas de 50 a 70.

Datas: 1950-1970

 
José Eduardo Mendes Ferrão

Âmbito e Conteúdo: Fotografias que documentam a atividade profissional de José Eduardo Mendes Ferrão como engenheiro agrónomo: plantas e frutos, atividades agrícolas, mercados, plantações, explorações agrícolas, durante as suas viagens a S. Tomé, Cabo Verde, Guiné, Angola, Zaire, Moçambique, Portugal. Inclui também imagens da extinta Comissão Interministerial do Café, e de Mendes Ferrão à receção à viagem presidencial do Dr. Ramalho Eanes ao Zaire. Algumas imagens produzidas na FAO (Food and Agricultural Organization of the United Nations.

Proveniência: Instituto de Investigação Científica e Tropical

Dimensão e suporte: Diapositivos 35mm cor (slides); 6x6cm cor; 6x9cm cor; 4,5x4,5cm cor; Negativos cor 35mm (em tira); Provas cromogéneas 10x15cm; 18x24cm e 15x20cm; Provas papel revelação fibra p/b 18x24cm e 24x30cm
Provas A4 digitais HP num total de 2359 espécies fotográficas.

História custodial: Espólio doado por Mendes Ferrão ao IICT em 2010. As fotografias são maioritaramente produzidas, recolhidas ou encomendadas por Mendes Ferrão.

Datas: 1957-1990

 
Laboratório de Histologia e Tecnologia de Madeiras

Âmbito e Conteúdo: Imagens diversas das actividades do Laboratório de Histologia e Tecnologia de Madeiras

Proveniência: IICT/Centro das Florestas e Produtos Florestais

 
Luis Celestino de Sousa e Silva

Âmbito e Conteúdo: Fotografias do espólio pessoal de Luis Celestino de Sousa e Silva, investigador Principal do Laboratório de Estudos Petrológicos e Paleontológicos do Ultramar (LEPPU), na Junta de Investigações do Ultramar (JIU) desde 1961 e investigador coordenador definitivo do Centro de Geologia, do Instituto Investigação Científica Tropical, entre 1995 e 1998, quando se aposentou. Tratam-se de imagens aquando da sua deslocação em comissão eventual de serviço para a Missão de Fomento e Povoamento do Zambeze (Tete, Moçambique), Brigada de Geologia e Prospecção Mineira, Campanhas de 1962 e 1963/64 e durante os trabalhos de Cartografia Geológica em Angola entre 1965/66.
Foram emprestadas pelo próprio para reprodução e disponibilização no ACTD. Ver também o registo da memória oral em http://actd.iict.pt/view/actd:MOLCSS

Proveniência: Acervo Pessoal de Luis Celestino de Sousa e Silva

Dimensão e suporte: 31 reproduções digitais de provas fotográficas originais do autor.

 
Missão Antropológica de Timor

Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias realizadas no âmbito da Missão Antropológica de Timor: retratos de frente e perfil complementares aos registos antropométricos; danças; trajes tradicionais; tradições e rituais; paisagens; habitações tradicionais; equipa da missão; trabalho de campo.
Há também um rolo de uma viagem a Roma de António de Almeida, com caracter pessoal.

Proveniência: IICT/Centro de Antropobiologia

Dimensão e suporte: 12052 items fotográficos: 3564 originais: (1360 negativos 6x6cm; 1416 negativos 35mm, 36 diapositivos e negativos em vidro; 752 diapositivos encaixilhados); 8488 provas ampliadas a partir dos negativos: (69 provas 4x6cm e 6x9cm; 5075 provas 9x12cm; 422 provas 10x15cm; 1353 provas 13x18cm); 1569 fichas descritivas; 20 bobines de vídeo.

História custodial: Documentação fotográfica que esteve depositada no Centro de Antropobiologia; com o fecho da morada, foi transferida para a área de Fotogrametria onde esteve até Dezembro de 2013, quando foi definitivamente transferida para o AHU.

Datas: 1953-1975

 
Missão Antropológica e Etnológica da Guiné

Âmbito e Conteúdo: Colecção fotográfica resultante da 1ª e 2ª campanha de trabalhos de campo da Missão Antropológica e Etnológica da Guiné (MAEG).
Inclui maioritariamente registos fotográficos das populações locais, suas habitações, hábitos, cultura, subsistência e espiritualidade. A esmagadora maioria dos registos constituem retratos de frente e perfil dos indivíduos analisados segundo o propósito antropobiológico da missão.
Em função dos aspectos geográficos a cada etapa da missão encontramos registos dos grandes centros urbanos, pequenas localidades ou tabancas (essencialmente orientadas pela propagação familiar), aspectos da ruralidade e meio natural, presença dos portugueses europeus neste território e respectiva intervenção local, assim como algumas manifestações no quotidiano das populações retratadas em cada área percorrida pelos investigadores nestes territórios.
De um modo geral, os registos visam corresponder o percurso dos elementos da missão com o trabalho de recolha de medições antropométricas e o contacto com as autoridades locais para o efeito.
Destacam-se os diversos registos da estação arqueológica da Nhampasseré perto de Gabú como um dos principais motivos para a participação portuguesa nas Conferências Internacionais dos Africanistas Ocidentais criadas pelo Instituto Francês da África Negra. Um dos documentos desta colecção consiste numa sequência de imagens referente à 2ª conferência, realizada em Bissau em Dezembro de 1947, cerca de 6 meses depois da conclusão da 2ª e última Campanha da missão.

Proveniência: Instituto de Antropobiologia, Universidade do Porto

Dimensão e suporte: 1692 Negativos originais em nitrato de celulose 6x6cm
4638 Provas em papel de revelação de gelatina e prata (9x12cm)
713 Provas de contacto em papel de revelação de gelatina e prata (6x6cm)
110 Provas em papel de revelação de gelatina e prata (7x9cm)
792 Cartões/fichas de perfil, com provas coladas
81 Dossiers dos quais 62 contêm medições antropométricas, restantes vazios. Numerados de 1 a 62
5 maços de documentação textual (cerca de 3300 fólios)

História custodial: A Missão Antropológica e Etnológica da Guiné (MAEG) é criada pela Portaria nº. 11 263, de 08 de Fevereiro de 1946, cujas competências consistiram na realização de investigações antropológicas, etnológicas e pré-históricas, de estudos psicotécnicos e experimentais, o estudo sobre as instituições tradicionais e direito consuetudinário e aproveitamento dos materiais recolhidos para posteriores trabalhos de gabinete. Constituída por um chefe, por um ou mais adjuntos e ajudantes, pessoal dos quadros e serviços do território guineense que fosse entendido como necessário, bem como pelo pessoal europeu e dito indígena imprescindível.
Neste sentido, o chefe da MAEG, sob a orientação de Mendes Correia, foi Amílcar de Magalhães Mateus, seguido de um adjunto, Emília de Oliveira Mateus e um ajudante, António Marques de Almeida Júnior. Todos funcionários da Universidade do Porto, associados às áreas da antropologia física, biologia e zoologia, sendo Mateus 1º assistente da Faculdade de Ciências do Porto, zoólogo dedicado à antropologia física; Emília Mateus era licenciada em Ciências Histórico-Naturais; e Marques de Almeida Júnior um funcionário do Instituto de Antropologia do Porto.
Esta missão foi constituída por duas campanhas, sendo que a primeira durou 130 dias e incidiu exclusivamente no Arquipélago dos Bijagós. De acordo com o Decreto-Lei e Portaria mencionados a abordagem da antropologia desta época estava centrada na classificação antropológica dos nativos em função das suas características corporais e possibilidades psicofísicas, embora também com enfase nos elementos mais associados à etnologia e estudo rudimentar do meio. Deste modo, a MAEG adquiriu alguns objectos etnográficos para além dos achados arqueológicos encontrados nas respectivas prospecções. A documentação dos Serviços de Secretariado do IICT, que apoiaram o desempenho da missão, assim como os relatórios da missão, mostram claramente que foi possível obter os referidos objectos através de compras às populações locais.
O projecto desta missão previa observações em antropologia física, etnografia, caracteres psicológicos e psicofisiológicos, inquéritos sobre o estado sanitário, alimentação, condições económicas e morais e recolha de elementos linguísticos e vocabulários entre as populações nativas.
Estavam previstas a 3º e 4ª Campanhas, entre 1947 e 1948, porém por falta de financiamento não foi possível executar as mesmas. O chefe da missão Amílcar Mateus acabou por regressar ao território da Guiné-Bissau, em Dezembro de 1947, apenas no âmbito das suas obrigações como membro da comissão organizadora da 2ª Conferência dos Africanistas Ocidentais onde foram reveladas algumas das descobertas da escavação em Nhampasseré, fruto dos trabalhos da missão durante a 2ª Campanha uns meses antes.

HISTÓRIA CUSTODIAL E ARQUIVÍSTICA
Espólio proveniente do Museu de História Natural da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Foi transferido em 2007 para o ex-Centro de Pré-História e Arqueologia do IICT por se tratar de um trabalho realizado no âmbito de uma Missão da Junta de Missões Geográficas e Investigações Coloniais.
Transferido em 2014 do anexo de Pré-História e Arqueologia.

Segundo o Decreto nº. 26 180, de 07 de Janeiro de 1936, a então Junta das Missões Geográficas e Investigações Científicas (JMGIC) tinha a responsabilidade de orientar, promover e subsidiar, na metrópole, os trabalhos de gabinete e respectivas publicações a partir dos dados recolhidos no âmbito das suas missões científicas.
Neste sentido, aquando da sua chegada à capital portuguesa, em 24 de Agosto de 1946, os membros da missão permaneceram durante três meses nas instalações da JMGIC, até partirem novamente para a Guiné a 30 de Novembro de 1946. De acordo com Amílcar Mateus e os relatórios posteriores a 1947, durante este período, foram realizados os referidos trabalhos de gabinete a partir dos dados recolhidos até então. Assim, concluiu-se que entre a 1ª e 2ª Campanha, a documentação, nomeadamente a fotográfica criada permaneceu em Lisboa.
Porém, aquando do embarque a 30 de Maio de 1947 e posterior chegada a 09 de Junho do mesmo ano, Amílcar Mateus escreve no Relatório da Actividade da Missão Antropológica e Etnológica da Guiné durante o ano de 1948 que por decisão superior, a desejada 3ª Campanha não irá ser realizada e que por isso os seus membros voltaram para o Porto, onde foram conduzidos os trabalhos de gabinete. A documentação produzida no âmbito da missão foi então instalada no Instituto de Investigação Científica de Antropologia - Instituto de Antropologia, da Faculdade de Ciências do Porto.
Concluiu-se assim que a documentação foi transferida da sede da JMGIC, em Lisboa, para o Instituto de Antropologia, no Porto, logo em 1948.
No seguimento desta transferência, Amílcar Mateus afirma que o propósito dos referidos trabalhos de gabinete, entre estes os cálculos de novos índices a partir das medições antropométricas, era a organização de uma publicação que abarcasse os assuntos abordados durante a missão à Guiné.
A partir de 1950, a missão passou a ser constituída por dois membros, o chefe e um ajudante, tendo sido interrompido o contrato com o adjunto do chefe cujas funções cessaram a 19 de Março desse ano. A actividade assentou na continuação dos trabalhos sobre estatística, impressões digitais, fichas psicotécnicas, caracteres descritivos e redacção de trabalhos científicos.
Durante o tempo que permaneceu no Instituto de Antropologia, do Porto, a documentação foi alvo de vários estudos e trabalhos, sob a orientação de Mendes Correia, por parte dos membros da missão que se deslocaram fisicamente ao território guineense, mas também por professores de gabinete. Entre estes destacam-se Leopoldina Paulo, Alfredo Athayde e Maria Helena Galhano.
[A primeira era a 1ª assistente do Instituto de Antropologia do Porto e foi a responsável pelo estudo das impressões dermopapilares dos indivíduos observados; Athayde foi um naturalista, também do Instituto, que já havia colaborado com Mendes Correia na Exposição Colonial, no Porto, em 1934, e que prestou informações e apoio no âmbito dos trabalhos de gabinete; Galhano foi professora de zoologia e antropologia na Universidade do Porto e realizou estudos comparativos entre os indivíduos masculinos da Guiné, Angola e São Tomé.
A Portaria n.º 19 210, de 30 de Maio de 1962 criou na JMGIC/JIU o Centro de Estudos de Antropobiologia em colaboração com o Instituto Superior de Estudos Ultramarinos, que veio substituir o então Centro de Estudos de Etnologia do Ultramar. Nessa mesma portaria, o artigo nº 10 estipula que todos os materiais científicos, equipamento técnico, mobiliário e outros pertences das extintas missões antropológicas e etnológicas da JMGIC deviam ser integrados no Centro de Antropobiologia da mesma, porém este acontecimento não teve qualquer impacto real na documentação.
Somente em 2007 é que a documentação produzida no âmbito desta missão retornou a Lisboa, tendo sido transferida para o ex - Centro de Pré-História e Arqueologia do Instituto de Investigação Científica e Tropical (IICT), onde ficou até 2014, tendo sido transferido no início deste ano para as instalações do Arquivo Histórico Ultramarino, no seguimento da transferência da documentação produzida no âmbito das missões antropológicas de Moçambique e Timor.

Circuito de tutelas: Junta das Missões Geográficas e Investigações Científicas -> Instituto de Antropologia da Universidade do Porto -> Instituto de Arqueologia da Faculdade de Ciências do Porto -> Centro de Pré-História do IICT -> AHU/IICT -> ULisboa/IICT

Datas: 04-1946/05-1947

 
Missão de Estudos Agronómicos do Ultramar

Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias realizadas no âmbito da Missão de Estudos Agronómicos do Ultramar.

Proveniência: IICT/Missão de Estudos Agronómicos do Ultramar

Dimensão e suporte: 77 provas fotográficas em papel de revelação de gelatina e prata (formatos 9x12cm e 18x24cm); 3 provas fotográficas cromogéneas (formato 9x12cm); 20 negativos em acetato de celulose p/b (13x18cm) e 3 negativos cromogeneos (formato 13x18cm)

História custodial: Imagens provenientes da extinta Missão de Estudos Agronómicos do Ultramar do IICT

Datas: Séc. XX

 
Missão de Estudos do Habitat Nativo da Guiné

Âmbito e Conteúdo: Colecção fotográfica resultante da 1ª e única campanha de trabalho de campo da Missão de Estudo do Habitat Nativo da Guiné (MEHNG).
Inclui maioritariamente registos fotográficos das populações locais, suas habitações, hábitos, cultura, subsistência e espiritualidade.
Em função dos aspectos geográficos a cada etapa da missão encontramos registos dos grandes centros urbanos, pequenas localidades ou tabancas (essencialmente orientadas pela propagação familiar), aspectos da ruralidade e meio natural, presença dos portugueses europeus neste território e respectiva intervenção local, assim como as mais diversas manifestações no quotidiano das populações retratadas em cada área percorrida pelos investigadores nestes territórios.
De um modo geral, os registos visam corresponder o trabalho de recolha dos cadernos de campo sobre as particularidades da caracterização, métodos de construção e estilização das habitações populares locais, procurando um entendimento entre Homem e Meio quer a nível da subsistência como a nível cultural e espiritual.

Proveniência: Arquivo privado de Fernando Lopes Schiappa e Silva de Campos enquanto chefe da Missão de Estudo do Habitat Nativo da Guiné da Junta de Investigações do Ultramar.

Dimensão e suporte: Total da coleção fotográfica: 1993 items, distribuídos da seguinte forma: 789 negativos em acetato de celulose p/b, 35mm; 47 negativos em acetato de celulose p/b, 6x6cm; 9 negativos em acetato de celulose cromogéneos; 1 negativo em acetato de celulose, p/b, 9x12cm; 578 diapositivos cromogéneos, 35mm, encaixilhados; 449 provas de contacto em papel de revelação p/b, 6x6cm; 85 provas ampliadas em papel de revelação p/b, 9x12cm; 11 provas ampliadas em papel de revelação p/b, 13x18cm; 22 provas ampliadas em papel de revelação p/b, 18x24cm; 2 provas ampliadas em papel de revelação p/b, 25x30cm. Existem ainda 14 cadernos de campo; a matriz original do relatório da missão, datado de 1970; e ainda proposta de maquete para futura publicação sobre esta missão.

História custodial: No contexto do II Plano de Fomento, ainda antes da sua publicação em Diário da República, em Agosto de 1958, é lançada pelo Ministério do Ultramar a Missão de Estudo do Habitat Nativo da Guiné (MEHNG).
Consiste numa missão de investigação de ciências puras focada no estudo etnográfico da arquitectura nativa da província ultramarina da Guiné. As suas conclusões visam suplementarmente servir de base para as ciências aplicadas, nomeadamente na concepção de planos de urbanismo e projectos de imóveis-tipo já praticados pelos Gabinetes de Urbanismo em Portugal Continental.
Adicionalmente, o estudo a elaborar, visava compreender os costumes da população com o derradeiro objectivo de compreender o respectivo sistema de heranças de cada etnia.
O cariz da investigação acentua-se na vertente de diagnóstico com clara consciência da valorização cultural e tecnológica.
Ficou definido logo ao início dos encargos que a missão teria componentes a realizar em Lisboa, nomeadamente a questão de coordenação e preparação para maquete de publicação.
Coube ao Secretário de Estado Carlos Krus Abecassis (1955-1958 – Subsecretário de Estado do Ultramar e 1958-1960 – Subsecretário de Estado do Fomento Ultramarino) a criação do Despacho de 9 de Agosto de 1958 que define e autoriza a Missão de Estudo do Habitat Nativo da Guiné.
Descreve o Despacho:
“O conhecimento profundo do habitat das populações nativas – organização tribal e familiar, crenças, superstições e ritos, hábitos da vida quotidiana, forma de se abrigar, características das casas e dos seus agrupamentos, etc.,- e a respectiva interpretação à luz das circunstancias do meio, além de facultarem a um espírito prudente indicações de valor insuprível quanto à possibilidade e aos melhores métodos de uma efectiva assimilação da acção civilizadora e nacionalizadora, constituem fonte de ensinamentos preciosa, porque baseada com experiência multi-secular, acerca da melhor forma de vencer a condições naturais adversas e de utilizar os materiais locais na defesa da comunidade, da segurança e da saúde do homem e da economia dos seus recursos. Num e noutro aspecto não tem conta nem medida os insucessos e prejuízos que a vaidade de europeus, menosprezando estas verdades de senso comum, acumulou no Ultramar.”
O mesmo Despacho constitui duas missões com os referidos objectivos para duas províncias ultramarinas: Guiné e Timor.
A priori, a missão à Guiné Portuguesa fica chefiada por Fernando Lopes Schiappa e Silva de Campos e seria composta por 2 arquitectos (dos quais o líder Schiappa de Campos) e um “antropologista social ou pessoa equivalente”.
Foi pedido (no mesmo Despacho) um parecer a Avelino Teixeira da Mota - dirigente da Secção de Lisboa do Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga da Junta de Investigações do Ultramar. Perito em assuntos da Guiné Portuguesa, com extensa actividade administrativa deste território e com muitas obras publicadas sobre a sua História.
O mesmo indicou o chefe de posto do quadro administrativo da Guiné: Eduino Brito – que se revelou indisponível para o exercício destas funções.
Ainda em Agosto de 1958 é apontado António Francisco Cruz Carmona Saragga Seabra como 2º arquitecto constituinte desta missão, na categoria de 1º assistente.
Ambos os arquitectos ficaram incumbidos de frequentar a “School of Architecture” de Londres de modo a obter aprovação no Curso de Arquitectura Tropical e com esses conhecimentos, desempenhar melhor as suas funções na Missão.
O curso terá durado cerca de 6 meses. As viagens a Londres estão apontadas na documentação dos processos individuais e sobre a Missão entre 4 de Outubro de 1958 e 13 de Abril de 1959.
Posteriormente, por Despacho do Subsecretário de Estado do Fomento Ultramarino, de 16/06/1958, é nomeado Amadeu Regueira Marques de Castilho Soares como 2º assistente da missão e encarregue do estudo dos aspectos sociais e culturais a contemplar nos encargos da missão.
Desta forma, ficam enunciados os membros da missão com as respectivas proveniências e funções na mesma:
Chefe – Arq.º Fernando Lopes Schiappa e Silva de Campos, arquitecto da Direcção dos Serviços de Urbanismo e Habitação da Direcção-Geral de Obras Públicas e Comunicações do Ministério do Ultramar.
1º Assistente – Arq.º António Francisco Cruz Carmona Saragga Seabra, investigador da Junta de Investigações do Ultramar.
2º Assistente - Amadeu Regueira Marques de Castilho Soares do quadro administrativo da Província de Moçambique em comissão eventual de Serviço no Centro de Estudos Políticos e Sociais na Junta de Investigações do Ultramar.
O programa da missão apresenta-se não datado mas com orçamentos de material para a missão, em anexo, com datas entre 26 e 30 de Maio de 1959. Nele, estão estabelecidos os encargos a cobrir ainda em Lisboa, em preparação antes da missão, bem como durante a estadia na Guiné e a posteriori de novo em lisboa para a preparação da publicação.
Apresenta uma estimativa de tempo a despender para cada etapa e uma estimativa global das despesas da missão. Anexa segue uma lista completa de material fotográfico e de filmar; material de desenho e material diverso para trabalhos de campo.
Este programa compila os encargos a realizar em Lisboa, antes da viagem à Guiné, da seguinte forma:
1- Compilação de bibliografia útil para a missão.
2- Contacto com individualidades que estão envolvidas com o tema da missão.
3- Contacto por intermédio do Sindicato Nacional dos Arquitectos com as equipas que realizaram trabalhos semelhantes na capital e estabelecer pontos de contacto com a Missão de Estudo do “Habitat” Nativo de Timor.
4- Cálculo e Desenho de um gráfico solar para um ponto médio da Província (Lat. N 12º - Long. W 15º).
5- Organização e Desenho de cartas baseadas em elementos já existentes:
_Carta geográfica
_Carta geológica
_Carta demográfica da população indígena
_Carta das populações civilizadas
_Carta etnográfica
_Carta das religiões
_Carta das actividades económicas
_Carta litográfica
_Carta esboço meteorológico
6- Parte escrita relativa a cada carta.
7- Descrição geral da Província e sua História (resumo).
8- A partir dos elementos existentes procurar definir as regiões características e determinar os futuros centros de interesse onde se poderiam realizar os inquéritos, estabelecendo-se ainda um programa de trabalhos a efectuar na província.
Quanto aos trabalhos a realizar na Guiné:
1- Obtenção de local base para instalação da missão.
2- Contacto com as entidades ligadas à missão
3- Confirmação, através de uma volta de reconhecimento por toda a província, do grau de interesse dos pontos anteriormente escolhidos para centros de inquérito.
4- Início de trabalhos numa das regiões escolhidas, procedendo a inquérito, desenhos, levantamentos, fotografias e relatórios.
Novamente em Lisboa:
1- Preparação do material fotográfico e filmes
2- Refazer com apuro os desenhos e levantamentos
3- Proceder à ligação da parte nova do inquérito com material já existente
4- Apresentação de um relatório
5- Redacção final do trabalho a apresentar
6- Maqueta do livro
7- Possíveis alterações
8- Edição do livro (fora do tempo previsto)
O tempo estabelecido desta missão era de 1 ano, dividido em períodos de 4 meses para cada etapa.
No orçamento apresentado, estão presentes materiais referentes a material de produção audiovisual que não terá sido contemplado, mais tarde, na missão.
De modo geral, o material levado pela equipa para a Guiné inclui material fotográfico (do qual se destacam as máquinas fotográficas Leica Standart 1-F utilizada por Saragga Seabra e Rolleiflex 2.8 utilizada por Schiappa Campos), algum material de belas artes (os cadernos da missão e respectivo material de desenho e escrita) e algum material de campo para auxílio no decurso da missão.
Uma vez dado o aval do presidente da comissão executiva da Junta de Investigações do Ultramar, a missão partiu de Lisboa a 6 de Setembro de 1959, ficando desde essa data até dia 10 do mesmo em Dakar, por intermédio do Engenheiro-chefe dos Trabalhos Públicos. Nessa curta estadia, seguiram um programa de visita a bairros indígenas e outras instalações. A 10 de Setembro de 1959 chegaram a Bissau, precisamente 1 mês e 7 dias depois do conhecido massacre no porto do Pidjiguiti, em Bissau, onde se confrontaram estivadores com as autoridades portuguesas.
Uma vez em Bissau, a missão ficou sediada no Palácio do Governo da Província para onde toda a correspondência ficou dirigida.
A campanha estava prevista acabar a 6 de Janeiro de 1960 mas foi prolongada até 15 de Fevereiro. Logo de seguida fizeram uma visita de estudo ao Gana e à Nigéria entre 16 e 29 de Fevereiro com o mesmo teor que a efectuada em Dakar.
Tanto Schiappa Campos como Saragga Seabra trabalharam em comissões eventuais para a Direcção dos Serviços de Urbanismo e Habitação (DSUH) entre 1963 e 1967, atrasando sistematicamente o estudo até à sua eventual conclusão e entrega à JIU a 15 de Março de 1968.
Os trabalhos de edição física ter-se-ão processado algures em Junho de 1970. O nome final do relatório ficou decidido como “Habitats Tradicionais da Guiné Portuguesa” e foi lançado em Novembro de 1970 com uma edição limitada.

Datas: 1959-09/1960-02

 
Missões Geográficas, Geodésicas e Cartográficas

Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias realizadas no âmbito das Missões Geográficas, Geodésicas e Cartográficas em Angola, Cabo Verde, Guiné, Macau, Moçambique e São Tomé para a Comissão de Cartografia, entre 1890 e 1936 e posteriormente para a Junta das Missões Geográficas e Investigações Coloniais. Conjunto de álbuns fotográficos, negativos em vidro e negativos em película (alguns correspondentes com as provas dos álbuns). A autoria das fotografias não está identificada, pelo que é atribuída aos chefes de Missão que normalmente assinam os álbuns, nomeadamente Gago Coutinho, Freire de Andrade, José Bacelar Bebiano, entre outros.
Existem ainda alguns negativos que, não sendo relativos aos trabalhos de Comissão de Cartografia, faziam parte desse conjunto, supondo-se que pertenceram ao Almirante Gago Coutinho.

Proveniência: IICT/Cartografia; Centro de Documentação e Informação; Centro de História

Dimensão e suporte: Conjunto de 22 álbuns fotográficos contendo cerca de 2100 provas em albumina, papel direto de colódio ou gelatina, papel de revelação de gelatina e prata e cianotipias. Cerca de 1390 negativos em vidro e 1390 provas de contacto correspondentes. Cerca de 90 negativos em nitrato de celulose. Alguns negativos em vidro são correspondentes com as provas dos álbuns.

História custodial: A documentação fotográfica estava dispersa por vários centros do IICT, pelo que agora reunidos se consegue uma noção da produção fotográfica realizada neste âmbito. 13 álbuns eram provenientes da Comissão de Cartografia e estiveram à guarda do GEO-DES/IICT; 6 álbuns fotográficos correspondentes às Missões para a JMGIC estavam depositados no CDI, bem como alguns negativos em vidro. Os restantes negativos em vidro encontravam-se no arquivo da Comissão de Cartografia (HIST/IICT). Verificou-se que estes últimos tinham quase total correspondência com os álbuns anteriormente tratados. Toda esta documentação está agora reunida no AHU para tratamento de conservação e restauro e depósito como medida de conservação preventiva.

Datas: Entre 1890 e 1954

 
Palanca Real

Âmbito e Conteúdo: Levantamento fotográfico que complementa o estudo realizado ente outubro de 1969 e 1970, por João Augusto Silva (1910-1997), em Angola, sobre a palanca real ou palanca negra gigante. Esta espécie, um dos antílopes mais raros do continente Africano, restringe-se ao centro-norte de Angola, no distrito de Malange, protegida entre as duas "Reservas Naturais Integrais" do Luando e Cangandala. As fotografias refletem aspetos que segundo o seu autor, "qualquer estudo com vista à protecção da espécie, também exige o conhecimento da estrutura económica dos agregados nativos, baseada numa agricultura itinerante que afecta profundamente a comunidade vegetal". Foram posteriormente publicadas no livro de Joao Augusto Silva "Contribuição para o estudo bioecológico da palanca real (Hippotragus niger varianni)", ed. Junta de Investigações do Ultramar, 1972. Apenas se localizaram as provas a preto e branco, não se conhecendo os negativos originais.

Proveniência: Junta de Investigações do Ultramar - Centro de Zoologia

Dimensão e suporte: 114 Provas fotográficas (papel de revelação de gelatina e prata), formato 18x24cm, distribuídas por 2 volumes.

História custodial: Nota de entrega: "PALANCA REAL. Passe este relatório bem como o álbum que o acompanha e que é constituído por dois volumes, ao Centro de documentação Científica Ultramarina para ficarem na Biblioteca. Em 19.6.1971. Os dois volumes estão referenciados pelo Centro de Zoologia mas segundo esta nota acima referida, foram entregues ao Centro de Documentação Científica Ultramarina, atual Centro de Documentação e Informação. Foram transferidas em 2009 para o AHU a fim de serem tratadas no ambito do projeto Arquivo Científico Tropical.
Deduz-se que o relatório mencionado seja o "Relatório Preliminar sobre a Palanca Real", datado de Abril de 1970, com autoria de Richard D. Estes, Runhild K. Estes e João Augusto Silva, patrocinado pela National Geographic Society e Direção dos Serviços de Veterinária de Angola. Segundo este relatório, posteriormente seria publicado um relatorio final. [cota biblioteca AHU-L9403]

Datas: 1969-1970

 
Presidência do Instituto de Investigação Científica Tropical

Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias do IICT-Presidência: Levantamento de organismos e Centros que fizeram parte do Instituto de Investigação Científica Tropical; Atividades realizadas e organizadas pela presidência do IICT: visitas ao IICT e a diversos serviços; exposições do IICT; Comemorações do centenário do IICT, homenagens a investigadores do IICT.

Proveniência: IICT/Centro de Documentação e Informação

Dimensão e suporte: 993 especies fotográficas: 840 Provas fotográficas (papel de revelação de gelatina e prata e cromogéneas), formatos (9x12cm 13x18cm, 18x24cm); 153 negativos em película (6x9 e 9x12).

História custodial: Provas provenientes do AHU, CDI e Palácio Burnay que se encontravam dispersas. Representam levantamentos fotográficos realizados aos diversos centros do IICT, bem como atividades e exposições do IICT. Um dos envelopes indicava ”Fotografias para o álbum da JICU”.

 
Processos Militares

Âmbito e Conteúdo: Retratos de militares de finais do séc XIX e princípios do séc XX. Retratos maioritariamente destinados aos processos militares e carteiras de identidade do SEMU/MU.

Proveniência: Fundo Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar/Ministério Ultramar

Dimensão e suporte: 963 provas em papel de revelação de gelatina e prata, papéis directos de colódio ou gelatina, platinas e albuminas (formatos 4.5x6cm; 6x9cm; 9x12cm).

História custodial: Imagens que, por razão desconhecida, foram desmembradas dos processos militares da Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar

Datas: Séc.XIX e XX

 
Provas Antigas

Âmbito e Conteúdo: Vários aspectos sociais, arquitectónicos, culturais, industriais, agrícolas e paisagísticos das ex-colónias portuguesas. Algumas imagens são relacionadas com a colecção das Missões Geográficas e Geodésicas. Entre1860 e 1920.

Proveniência: IICT/Arquivo Histórico Ultramarino

Dimensão e suporte: Total de 2418 provas fotográficas em diferentes suportes: albuminas, papéis directos de gelatina e colódio; cianotipos, platinas, papéis salgados, papéis em colódio mate; papéis de revelação em gelatina e prata, viragens a sépia. Formatos entre 6x6cm; 9x12cm; 13x18cm; 18x24cm; 20x25cm; 24x30cm; 30x40cm; 40x50cm; oversized

História custodial: Colecção de provas recolhidas pelo AHU ao longo das décadas, através de aquisições a alfarrabistas, doações e transferências. Sem proveniências conhecidas.

Datas: Entre 1860 e 1920

 
Rui Pinto Ricardo

Âmbito e Conteúdo: Fotografias tiradas no âmbito profissional de Pinto Ricardo. Ilustram trabalhos na Brigada de Estudos de Pedologia Tropical para efetuar estudos de solos em Angola, na margem direita do Rio Cunene e subsidiada pela Junta das Missões Geográficas e de Investigações Coloniais, (recomeçando assim os estudos dos solos em Angola numa ótica pedológica, cujo início se havia verificado esporadicamente em 1946, pelo ISA, e organizada pela Junta de Exportação dos Cereais das Colónias); e na Missão de Pedologia de Angola com o o objetivo principal de efetuar a Carta Geral dos Solos de Angola. Esta ultima foi criada pela portaria 14 481 de 1 de Agosto de 1953.

Proveniência: Acervo Pessoal de Pinto Ricardo

Dimensão e suporte: 17 Provas em papel de revelação em gelatina e prata, década de 50. Doado os direitos de utilização das imagens digitais ao IICT. Originais na posse do autor.

Datas: 1951-1957