Jardim Botânico Tropical
Âmbito e Conteúdo: Coleção de fotografias realizadas no âmbito das actividades do Jardim e Museu Agrícola do Ultramar, actual Jardim Botânico Tropical, e respetivas Missões de Estudos Florestais.
Proveniência: IICT/JMAC/JMAU/JMAT/JBT
Dimensão e suporte: Inventariadas 13188 fotografias (negativos, diapositivos, provas, álbuns fotográficos)
História custodial: Um decreto régio de 25 de Janeiro de 1906 criou o Museu Agrícola Colonial (MAC) e o Jardim Colonial (JC), que nos primeiros anos esteve instalado nas estufas do Conde de Farrôbo. Em 1912 o JC foi transferido para a Cerca do Palácio de Belém. em 1915: o MAC passa da tutela do Ministério da Instrução Pública para a do Ministério das Colónias. Em 1920 publicou-se o Regulamento do Museu Agrícola Colonial e em 1929, deu-se a inauguração do Museu Agrícola Colonial (MAC) no Palácio dos Condes da Calheta. Em 1944 o Jardim Colonial e o Museu Agrícola Colonial passam a constituir um único organismo – Jardim e Museu Agrícola Colonial (JMAC). Em 1951 passa a designar-se Jardim e Museu Agrícola do Ultramar (JMAU). Em 1973 O Decreto n.º 583/73 integra o JMAU na Junta de Investigações do Ultramar, antecessora do actual Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT). Em 1983 mudou novamente de nome e passou a chamar-se Jardim-Museu Agrícola Tropical (JMAT). Actualmente designa-se Jardim Botânico Tropical (JBT).
O Museu Agrícola Colonial (MAC) foi inaugurado no Palácio dos Condes da Calheta em 1929, o MAC destinava-se a divulgar os produtos agrícolas e florestais das colónias portuguesas, as suas potencialidades económicas e os seus usos sociais e culturais. Paralelamente devia apoiar o ensino da agronomia e da silvicultura coloniais. Ao longo da sua existência, as suas coleções foram reforçadas com novos produtos enviados pelos governos coloniais e foram mostradas em exposições nacionais e estrangeiras, nomeadamente de âmbito colonial.
Inicialmente organizado segundo o critério geográfico da proveniência dos produtos, configurado a cada uma das colónias portuguesas, passou em 1961 a organizar-se em função dos produtos expostos: cereais, amidos, forraginosas, frutos, legumes, oleaginosas, plantas medicinais, taninosas, tintoriais, condimentos, tabaco, resinas, borrachas, cera, madeiras, café, cacau, chá, açúcar, fibras vegetais. Além destes produtos e de alguns exemplares de fauna, o Museu expunha também utensílios domésticos, alfaias agrícolas e artesanato, atualmente reunidos nesta Reserva, e que traduziam formas de utilização dos recursos naturais das colónias.
Com uma missão e uma linguagem expositiva muito datadas, coleções de valor desigual e colocando onerosos problemas de conservação, sem pessoal especializado e meios financeiros, o então Museu Agrícola Tropical não conseguiu adaptar-se ao contexto pós-colonial, tendo sido, no início da década de 1990, definitivamente desativado.
A coleção de fotografias do JBT integra todas estas fases, mantendo-se as diferentes cotas que reflectem as várias épocas.